Como se comportar na igreja evangélica

Se você está preocupado com as vestimentas dentro de uma igreja cristã/evangélica, saiba que a Bíblia não estabelece regras específicas sobre tipo de roupa (desde que a vestimenta tenha decência, obviamente), apesar de que muitas igrejas trazem hábitos culturais que, de certa forma, influenciam os membros a se vestirem de determinada maneira.

Por exemplo, algumas congregações se vestem socialmente (homens de terno e mulheres de vestido). Outras congregações como a Assembleia de Deus, por exemplo, acreditam que as mulheres precisam usar saias e ter cabelo comprido.

Sobre o comportamento em geral, é preciso ter um vocabulário santo e uma postura de santidade sempre, ou seja, não há espaço para indecências, palavrões e coisas do gênero.

O QUE DISSE JESUS SOBRE A IGREJA

Em Mateus 16.13-19, o Espírito Santo nos diz que:

1º) a igreja é de Jesus;

2º) Jesus é quem edifica a igreja;

3º) as portas do inferno não prevalecem contra a igreja;

4º) Jesus deu as chaves do reino dos céus à igreja;

5º) o que a igreja ligar ou desligar na terra, será ligado ou desligado nos céus (isto fala de autoridade delegada).

Em Mateus 18.15-35:

1º) Jesus fala de uma situação de pecado entre dois irmãos que, em não conseguindo se entender, devem levar o seu caso diante da igreja;

2º) Jesus repete o que havia dito anteriormente sobre a autoridade da igreja (ligar ou desligar na terra e nos céus);

3º) Jesus revela o número mínimo para que se tenha autoridade como igreja: duas pessoas;

4º) Jesus garante que sempre estará presente quando dois ou três se reunirem em seu nome;

5º) Jesus fala de quantas vezes temos que perdoar quem pecar contra nós;

6º) através de uma parábola, Jesus ensina que o perdão que doamos ou retemos a alguém está intimamente relacionado ao perdão de Deus para conosco, e que quando insistimos em não perdoar somos atormentados por verdugos (sentimentos ruins, doenças e até mesmo demônios).

A IGREJA PRIMITIVA

At 2.41-47:

  • perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações, e todos eram cheios do Espírito Santo (At 4.31);
  • havia temor em todos;
  • prodígios e sinais eram comuns entre eles;
  • todos estavam juntos e tinham tudo em comum;
  • vendiam propriedades e bens, e na medida das necessidades, distribuíam entre todos;
  • evangelizavam juntos diariamente no templo (o lugar mais central da cidade!), e nunca desistiam de fazê-lo, e anunciavam a palavra de Deus com intrepidez (At 4.31);
  • comiam juntos com alegria e simplicidade;
  • eram conhecidos na cidade pela gratidão e o louvor a Deus.

At 4.32-35:

  • tinham um só coração e alma (unidade);
  • ninguém considerava seu nada que possuísse, tudo era comum a todos;
  • tinham grande poder de Deus e abundante graça;
  • não havia nenhum necessitado entre eles (porque os que possuíam propriedades, as vendiam e depositavam os valores correspondentes aos pés dos apóstolos para que se distribuísse na medida das necessidades).

O QUE DISSE PAULO

1Tm 1.3,4: servindo a Deus com fé e perseverança na sã doutrina (isto tem mais a ver com prática do que com reuniões de estudos bíblicos, as quais podem até gerar fábulas e genealogias sem fim que só promovem discussões).

1Tm 1.5,6: amando com um amor gerado por um coração puro, consciência boa, fé sem hipocrisia (se nos desviarmos disso, ficaremos falando demais em coisas sem valor e sem importância para Deus, nos tornando “mestres da lei”, sem nenhuma revelação do Espírito).

1Tm 1.19: mantendo a fé e boa consciência (estando atentos ao que o Espírito diz ao nosso espírito, pois as coisas de Deus são discernidas espiritualmente), pois os que negligenciam isto, naufragam na fé.

1Tm 2.1-4: orando (súplicas, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens (inclusive as autoridades). A não obediência a isto pode causar violência, intranquilidade, iniquidade e violação de direitos.

1Tm 2.8: sendo homens de oração, e sempre dispostos a fazê-lo em todos os lugares (principalmente em casa, sozinhos e com a família), com mansidão e sem má vontade.

1Tm 2.9-15: as mulheres vestindo-se com decência, bom senso e simplicidade; deixando suas boas obras aparecerem mais que sua vaidade; falando menos (ou pouco), sendo submissas, não exercendo autoridade de homem (pastoras?); e no caso de serem mães, entendendo a maternidade como sua principal missão.

1Tm 3.1-13: sendo presbíteros e diáconos que se deixam repreender, esposos de uma só mulher, moderados, sóbrios, modestos, hospitaleiros, aptos para ensinar, não dados ao vinho, mansos e de bom senso, pacificadores, desapegados ao dinheiro, bons governantes de suas casas, sabendo disciplinar os filhos; maduros na fé, com bom testemunho dos de fora, respeitáveis e de palavra (sim, sim; não, não!), não sendo gananciosos, antes, fervorosos na fé, andando na dependência do Espírito. Da mesma forma que seus maridos, esposas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo.

1Tm 4.1-5: discernindo espíritos enganadores e ensinos de demônios, e a hipocrisia dos que falam mentiras e têm a própria consciência insensível a Deus.

1Tm 4.6-16: vivendo e se alimentando com as palavras de fé da doutrina de Cristo, rejeitando os “ventos de doutrinas” e as fábulas das “profetizas”, “bispas” e “apóstolas” de plantão; se ocupando da piedade, ou seja, servindo com zelo e fervor (não se preocupando com a própria aparência e status, mas com a realidade da igreja). Não desprezando os jovens, e estes, sendo padrão dos fiéis: na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza; aplicados na leitura e ensino da Palavra. Não negligenciando o dom (ou dons) que recebemos do Senhor, antes, sendo diligentes nisso, cuidando de si mesmo e da doutrina, para que o seu progresso seja visto por todos. Estas coisas devem ser ensinadas e ordenadas na igreja!

1Tm 5.1-16: tratando aos idosos e às viúvas com dignidade e respeito, suprindo suas necessidades; tratando a todos de acordo com sua faixa etária (crianças, jovens, adultos), considerando-os na sua individualidade e amando-os como filhos de Deus e membros do corpo de Cristo. Mas, também sabendo discernir entre viúvas e viúvas, encorajando-as a dependerem do Senhor (assim como qualquer um de nós); assumindo as verdadeiras viúvas, se somos seus parentes mais próximos, sob o risco de sermos considerados como os que negam a fé, sendo, para Deus, piores que os descrentes.

1Tm 5.17-18: considerando merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se afadigam na palavra e no ensino (pois a Escritura declara: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo”. E ainda: “O trabalhador é digno do seu salário”.).

1Tm 5.19-21: não aceitando denúncia contra um presbítero a não ser que haja o testemunho de duas ou três pessoas que comprovem o seu pecado, e neste caso, repreendo-o na presença de todos para que haja temor. Não tratando ninguém com parcialidade, nem os presbíteros.

1Tm 5.22: não dizendo “amém” a tudo e a todos que se dizem cristãos. Não nos envolvendo com nada nem ninguém sem examinar tudo pelas escrituras e sob a direção e discernimento do Espírito Santo. Andando em acordo, buscando um mesmo pensar em Cristo.

1Tm 6.1,2: mantendo relações de trabalho de acordo com a Palavra, baseadas em amor e bom testemunho, visando a salvação dos incrédulos.

1Tm 6.3-5: atentos, evitando homens que não pregam e ensinam o evangelho do reino, ou a sã doutrina, bem como homens cheios de si, que fazem comércio da fé, fazendo da piedade fonte de lucro.

1Tm 6.6-10: fugindo do amor ao dinheiro, pois esta é a raiz de todos os males. Servindo a Deus com contentamento, tendo o que comer e vestir (senão, corremos o risco de cairmos em tentações e ciladas, concupiscências, ruína e perdição, nos desviarmos da fé e nos atormentarmos com muitas dores!).

1Tm 6.11-14: seguindo a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão; combatendo o bom combate da fé, tomando posse da vida eterna, para a qual fomos chamados; guardando o mandato imaculado, irrepreensível até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo.

1Tm 6.17-19: pondo a esperança em Deus e não nas riquezas, com humildade e simplicidade, sendo generosos e prontos a repartir o que Deus tem dado.

(Jo 4.21-24; At 7.48-50; Rm 12.1; 1Co 6.19; 1Co 14.26; Hb 10.25)

Por Aguilar Lopes

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