Desenvolvendo uma paternidade espiritual

Isaías 49:15-16 

Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim.

Uma das mais belas declarações da Bíblia é a expressão do sentimento paternal de Deus e seu cuidado por nós. Que bendita confiança temos! O mesmo sentimento deve encher o coração de alguém que cuida de um discípulo, pois Deus colocou sob seus cuidados a vida de um de seus filhos.

Ao ler as cartas de Paulo, fica evidente que esse era o seu sentimento pelos discípulos.

Gálatas 4:19 

Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós;

2 Coríntios 11:2 

Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. 

Colossenses 1:24-29 

Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus: o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim.

Paulo era intensamente zeloso e amoroso com os discípulos. Expressava o sentimento de um verdadeiro pai. Se afadigava ao máximo em favor deles, muitas vezes com sofrimento e dor.

Um discipulador não é um simples professor ou gerente, que apenas busca resultados e lucros. É um pai que ama, se doa, sofre, suporta, é paciente, não se ressente do mal. Que todos os relacionamentos na igreja sejam revestidos deste sentimento de puro e genuíno amor sacrificial!

Marcos 10:29-30 

Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.

O Senhor prometeu àqueles que o seguem o cêntuplo de pais, mães e casas. Nossas vidas e nossas casas, nossa paternidade e maternidade devem estar a serviço dos filhos de Deus.

Muitas pessoas chegam à igreja sem nenhum referencial de família e a igreja se torna o ambiente onde o amor do Pai se traduz em refeições, carinho, afeto, hospitalidade, encorajamento. Precisamos ser os braços e o colo de Deus para cada um dos seus filhinhos. Nossa cozinha e despensa, assim como nossas mesas e sofás, devem estar a serviço do Pai em favor dos seus filhos.

Mais uma vez chamamos a atenção para a necessidade de relacionamentos fortes e resistente, duradouros e amorosos. Discipulado não pode ser apenas um encontro para estudos de lições, se faz necessário tempo de qualidade. Que Deus nos ajude e nos permita termos laços paternais que funcionem. Que ninguém seja órfão na igreja!

Trecho do 5 capítulo do livro Discipulado: Um guia prático.

Escrito por: Samuel Farias
Samuel é Pastor, Palestrante, Professor de biologia e desenvolve trabalho de suporte missionário na África e Haiti.

O texto acima expressa a visão do autor sobre o assunto, não sendo necessariamente a visão do site.

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