A Parábola dos Talentos – O Tempo que Deus nos confiou

A parábola dos talentos (Mateus 25.14-30) nos ensina sobre responsabilidade diante do tempo que Deus nos confiou. Ela está inserida em um contexto escatológico no qual: no capítulo 24 de Mateus, Jesus fala sobre os sinais do fim dos tempos, e no capítulo 25, Jesus usa duas parábolas para ilustrar sua volta, que ocorrerá após estes acontecimentos do capítulo anterior – no capítulo 25 temos, a parábola das dez virgens e a parábola dos talentos. Ambas falam da necessidade de estarmos preparados e vigilantes.

Ao contrário da parábola do semeador, Jesus não explica diretamente o significado dos talentos. Contudo, ao estudarmos a fundo, percebemos que os talentos podem representar o tempo de trabalho que recebemos do Senhor. Um talento equivalia, no contexto da época, a cerca de 16 anos de trabalho. Assim, o servo que recebeu cinco talentos tinha, simbolicamente, 80 anos de contribuição de trabalho, o que recebera dois tinha 32 anos de trabalho e o que recebera um, deveria trabalhar por 16 anos.

Essa abordagem nos leva a refletir sobre como estamos utilizando nosso tempo. Os servos fiéis multiplicaram seus talentos, e isso pode ser entendido como vidas que foram ganhas para Jesus por meio de seus serviços. Não se trata apenas de usar dons ou habilidades, mas de aproveitar bem os anos que temos, investindo em pessoas e no Reino de Deus.

O terceiro servo, no entanto, enterra o talento – enterra seu tempo na terra, ou seja, vive voltado para as coisas deste mundo. Ele não conhecia seu Senhor de fato, e o temia por ter uma imagem distorcida de quem realmente era o seu patrão. Sua atitude o condenou, pois foi negligente com a vida e os recursos que recebeu. Enterrou o que era precioso, escondeu o que era santo, tornando-se um vigia de buraco.

A grande lição aqui é que não seremos cobrados pela quantidade do que multiplicamos, mas pela fidelidade que tivemos, com aquilo que recebemos. Deus espera que sejamos frutíferos, como ovelhas que dão crias e ramos que produzem frutos. No fim, o que poderemos apresentar diante dEle, são as vidas que foram alcançadas por meio de nossa caminhada com Cristo.

O tempo é um recurso limitado. A morte não é mais um problema para quem está em Cristo (Jo 11.26), mas o uso que fizemos do nosso tempo, esse sim, nos será cobrado. Que possamos usar cada talento (tempo, recursos, habilidades…) com sabedoria, pois o Senhor virá para ajustar contas com Seus servos, sejam eles bons ou maus.

Luís Carlos Teixeira da Silveira, discípulo de Jesus, casado com Débora, pai de Melissa, Luísa e Helena. Responsável pelo Trabalho com as Crianças, congrega e coopera na Igreja em Porto Alegre.

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