“Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados. Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.”
“A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus. Pois era assim também que costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam a sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam a seus próprios maridos, como Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo. Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e coerdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.”
“Como é feliz quem teme o Senhor, quem anda em seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero. Sua esposa será como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o Senhor! Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias da sua vida e veja os filhos dos seus filhos. Haja paz em Israel!”
Hoje se fala muito em igualdade, liberdade e autonomia no casamento. Embora esses conceitos tenham seu valor, muitas vezes eles são usados de forma distorcida, afastando o lar do propósito original de Deus. A submissão, por exemplo, tornou-se um dos temas mais rejeitados, justamente porque é mal compreendida. Porém, à luz da Palavra, submissão não é opressão, mas expressão de ordem, cuidado e amor.
Em 1 Pedro 3, vemos que a mulher é chamada a viver com um espírito manso e tranquilo, sujeitando-se ao marido não como quem perde valor, mas como quem reconhece a autoridade estabelecida por Deus. Ao mesmo tempo, o marido é instruído a honrar sua esposa, tratando-a com sabedoria, como coerdeira da graça da vida. Isso revela que marido e esposa possuem o mesmo valor diante de Deus, mas exercem papéis distintos que, em harmonia, refletem a beleza do evangelho.
O Salmo 128 nos mostra que a verdadeira felicidade no lar nasce do temor ao Senhor. O homem que anda nos caminhos de Deus é abençoado em seu trabalho, sua esposa floresce em sua casa e seus filhos se tornam sinal de continuidade e bênção ao redor da mesa. Esse é o retrato de um lar segundo o coração de Deus: maridos responsáveis, esposas sábias e submissas ao plano divino, e filhos colhendo os frutos dessa união.
Cristo, em 1 Pedro 2, é apresentado como o maior exemplo de entrega e submissão à vontade do Pai. Ele levou sobre si os nossos pecados, sem murmurar nem revidar, confiando plenamente naquele que julga com justiça. Esse mesmo espírito deve reger o casamento: uma entrega mútua, em que cada um cumpre seu papel confiando que é Deus quem sustenta, guarda e abençoa a família.
Precisamos, portanto, voltar nossos olhos para a Palavra. A sociedade pode desprezar esses princípios, mas são eles que edificam lares sólidos, cheios de paz e alinhados ao propósito eterno de Deus. O casamento não é lugar de disputa, mas de parceria; não é espaço de imposição, mas de serviço mútuo. Quando cada um entende e vive seu papel, a graça do Senhor transborda no lar.
Encontro Com a Palavra é um estudo escrito pelo Dr. Dick Woodward e narrado na voz do Pastor Edson Bruno.
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